Dia 16/12/2010 vai ficar na memória dos militantes anti-amianto quando mais uma vez o prepotente lobby do amianto foi derrotado ao tentar impor sua "verdade" sobre a "inocuidade" da fibra cancerígena goela abaixo dos 10 conselheiros da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que tem representantes de governos federais, estaduais e municipais, dos ambientalistas e do setor empresarial.
Por 6 votos contra, 3 a favor e 1 abstenção acabou o sonho acalentado pelos lobbystas que há 6 anos tentavam revogar a Resolução 348/2004, que classificou o resíduo de construção civil, contendo amianto, como perigoso.
Foi uma lição de cidadania que ali se assistiu quando se aniquilou as pretensões da indústria da morte, que produz pesquisas e uma ciência duvidosa e comprometida com seus interesses (junk science) para dar sustentação à sua tese mirabolante de que o amianto brasileiro é inofensivo quando no mundo inteiro é chamado de "a poeira assassina" que causou a maior "catástrofe sanitária" do século XX.
Tentaram o mesmo golpe na Assembléia Legislativa de São Paulo para inviablizar a lei paulista de banimento do amianto, usando de fachada o mandato de um deputado do PTB, que descaradamente de defensor do banimento se transformou no porta-voz e defensor da indústria do amianto. Por sorte, o tal deputado não foi reeleito para o próximo mandato.
A sociedade brasileira não suporta mais estes métodos fascistas que tentam calar os que se opõem a estas atividades industriais poluidoras e que provocam uma verdadeira carnificina.
O útlimo golpe da indústria da morte é tentar nos calar. Mais um processo está sendo movido contra nós para impedir que fiscalizemos as empresas no Estado de SP. Mas isto não vai nos paralisar, pois se não formos nós, virão outros funcionários públicos zelosos e cumpridores de seu papel de defesa do bem comum e interesse público.
Tal qual Dolores Ibarurri, ativista espanhola conhecida como “La Pasionaria” e sua antológica expressão "No pasaran!", diremos a plenos pulmões "Não nos calarão! Não nos intimidarão!"
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